O filme do diretor Christopher Nolan que conta a história do Projeto Manhattan, como em outras oportunidades passou pelo espetacular tratamento "anti-terror" que costumeiramente hollywood impõe a filmes que podem expor a verdadeira máquina de dominação yanque. A fábrica de transformar histórias em espetáculo audio visual tem seus métodos. Um dos episódios mais destruidores da história da humanidade, foi magistralmente contada através de outros pontos de vistas de Nolan e sua produção.
No tocante a vida e obra de Oppenheimer foi golaço atrás de outros golaços. Está tudo lá os estudos do fÃsico de origem judia, nascido em Nova York sua fixação por diversos assuntos interessantes, e sua facilidade em ser muito bom na grande maioria deles também. Oppenheimer estudou nos melhores centros de sua época, trocou ideia com as maiores cabeças da ciência da primeira metade do século xx. E uma dessas cabeças o genial Albert Einstein foi responsável por suscitar a ideia dele de fazer uma bomba atômica com dna americano. A carta "Einstein-Szilárd" que alertou o governo americano da possibilidade premente dos alemães estarem trabalhando na produção de uma bomba de destruição em massa. O homem certo no lugar certo na hora certa, no pais correto, diversas foram os fatores que levaram ao sucesso do Projeto Manhattan. Mas de fato sem a direção do fÃsico nova-iorquino dificilmente o intento teria logrado sucesso.
Ainda que alguns pensem que houve as famosas "historinhas" não existentes sobre a vida do protagonista, dessa vez não, dessa vez estava tudo lá, os estudos, a ascensão, os amores, as amantes, a pseudo ligação com o partido comunista, a admiração pelo meio cientifico sobre a sua pessoa, a batalha contra a opinião pública no pós-bomba, está tudo lá sem tirar nem colocar. A primeira grande motivação após saber do teor das informações contidas na carta de Einstein, era criar uma bomba de alta destruição e soltar na alemanha nazista, mas no processo de finalização da bomba eis que a alemanha sucumbe à chegada dos Aliados, formado por Reino Unido, França, União Soviética e Estados Unidos.
Faltou na pelÃcula uma maior ênfase na explicação da decisão de jogar as bombas em Hiroshima e Nagazaki. O japoneses já haviam mostrado sua total falta de receio em avançar destruindo quem quer que fosse, a própria existência dos "kamikazes" justificava e muito a empreitada de Oppenheimmer. A cena que mostra porque Tóquio saiu da lista de possÃveis alvos é bastante esclarecedora. Oppenheimmer teve sim seus motivos pessoais também, como judeu que era, saber dos planos de limpeza étnica colocada em prática por Hitler e seus asseclas, justificou em 70% a idealização da "Little Boy". O resto era revide por conta de Pearl Habour e o receio de uma nova máquina sanguinária aos moldes da germânica ascender colocando tudo a perder.
Por Natan Castro
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