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Do inaceitável ao óbvio, a Espanha e sua marca racista no caso Vinicius Júnior

 Vinícius Júnior, jogador do Real Madrid e da seleção brasileira, foi vítima de mais um ataque racista na Espanha. O jogo entre Valencia e Real Madrid pela 35ª rodada do Campeonato Espanhol foi interrompido no segundo tempo após parte da torcida presente no estádio Mestalla chamar o brasileiro de “macaco”. O atacante já havia sido vítima de insultos racistas em outras ocasiões. Vinícius Júnior criticou a La Liga por não fazer nada para combater o racismo no futebol.

A crítica de Vinícius Júnior à La Liga é justificada. A liga espanhola tem sido criticada por não tomar medidas efetivas para combater o racismo no futebol. Em setembro de 2022, antes de um clássico contra o Atlético de Madri, Vinícius Júnior foi vítima de insultos racistas por parte da torcida adversária. O caso foi investigado pelo Ministério Público da Espanha, mas acabou arquivado. Em outra ocasião, um boneco pendurado em uma ponte da cidade de Madri foi encontrado como se fosse uma simulação de um enforcamento. Ainda assim, a La Liga não tomou medidas efetivas para combater o racismo no futebol. A falta de ação da liga espanhola é preocupante e deve ser abordada para que o futebol seja um esporte inclusivo e livre de preconceitos.

O racismo no futebol não é um fenômeno novo. Há pouca evidência de racismo nos primeiros dias do futebol. O primeiro jogador negro a jogar futebol de alto nível na Grã-Bretanha foi Andrew Watson. Em 12 de março de 1881, Watson foi nomeado capitão da Escócia e só perdeu seu lugar no time quando decidiu jogar futebol na Inglaterra 1. O racismo no futebol foi reconhecido pela primeira vez no final dos anos 1960 e início dos anos 1970 e permaneceu sem ser detectado por um longo período de tempo, devido aos ataques serem responsabilizados apenas pela rivalidade futebolística 2. Nas décadas de 1970 e 1980, o racismo era um grande problema. Jogadores negros profissionais enfrentaram cânticos racistas em massa de grandes seções da multidão e cascas de banana foram jogadas no campo 3. O racismo no futebol mudou de forma e forma ao longo do tempo. De torcedores individuais jogando bananas ou fazendo sons de macaco a torcedores neonazistas organizados comemorando nos terraços, jogadores de futebol não brancos há muito sofrem abusos no futebol 4. O ciclo de racismo e ódio no futebol inglês ainda prevalece hoje.

Da redação.

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