NÃO AO NÃO
Eu tinha entre 13 a 14 anos, interno do Seminário de Santo Antônio, na Praça Antônio Lobo, próximo à Escola Modelo que nem sei se ainda existe e, se existir, deve estar fechada por conta do tal isolamento coronariano. Velha São Luís dos anos sessenta.
A hora do almoço revestia-se de uma espécie de cerimônia que começava lá fora, nos corredores do Seminário, quando formávamos fila e nos dirigíamos em silêncio para o Refeitório.
Tomávamos nossos assentos após breve oração de agradecimento pelo alimento que iríamos receber, e, então, sentados, servindo-nos e enquanto comíamos, ouvíamos a leitura, em latim, do livro Martyrologium Romanum, um relato fiel dos massacres que sofreram os cristãos durante a implantação do cristianismo e, posteriormente, do catolicismo em várias partes do mundo.
Assim, daqueles dias gloriosos de muito estudo, perseverança e fé, trouxe até os dias de hoje lembranças inenarráveis de como um ser humano pode alcançar a santidade, a beatitude, a pacificação de sua própria alma. Deixando, pois, para trás e bem longínquo, aquele estado semibestial que nos aproxima muito mais de seres malignos do que daqueles que alcançaram a purificação e a lapidação do espírito.
No entanto, estamos de novo, em várias partes do mundo, de maneiras diversas, em algumas com brutalidade e violência, em outras com sutilezas e hipocrisias, enfrentando os inimigos da Fé Cristã, da crença em um Deus único e verdadeiro.
Pedólatras, idólatras, minorias radicais vestindo mantos do arco-íris não apenas querendo serem aceitos, tentando impor suas crenças e comportamentos, suas idéias e modos de ser, se dizendo diferentes, mas, para eles, os diferentes são os que não aceitam viver de acordo com seus códigos e caminhos existenciais.
Outros estão abrigados nas chamadas correntes partidárias e ideológicas, todos usam a mesma linguagem, estão defendendo o meio ambiente, querem um mundo de justiça social, tudo o que pregam e fazem é para o bem coletivo, em defesa da humanidade e do planeta terra.
Mas não importa se isto implica em suprimir o bem mais valioso do ser humano depois da vida que é a liberdade.
Não estou falando de manifestações duras, incisivas, mas pacíficas.
Tendo 1,60m de altura, cor parda, nordestino e maranhense por defender idéias como essas aqui expressas corro o risco de ser chamado de supremacista branco. Aliás, já o fui, justamente por quem nunca esperei dizer uma asneira dessa.
Esses ativistas e militantes da esquerda são financiados e apoiados por famílias de bilionários, parte da maçonaria, parte da cúpula clerical do próprio Vaticano, partidos comunistas e cabeças de bagre de toda a espécie.
Ih, mas eu estava falando no início do Seminário de Santo Antônio e da minha vida em São Luís, não era? Ah, fica pra depois. Estes assuntos que abordei são mais urgentes e necessários.
Como diria aquela figura ímpar do genial Chico Anísio, o Tavares, “concorda comigo, biscoito?”
0 Comentários