O pleito para a Prefeitura de São Luís, que teve seu fim ontem (29) de novembro, demonstrou objetivamente o desejo de mudanças drásticas do eleitorado da capital. Essa que com certeza foi uma das eleições mais acirradas da história da cidade, trouxe à tona algumas rachaduras consideráveis na base construida nos últimos anos pelo atual governador Flávio Dino. Desde o inicio da campanha para a prefeitura os números já indicavam Eduardo Braide como um quadro fortíssimo para ocupar a gestão da capital, em face dessas informações o governador junto com seu vice trataram de criar uma estratégia que a priori se mostrou a mais indicada, apoiar alguns nomes e deixar bastante claro na opinião pública esse apoio, com isso passar para o segundo turno, tendo os votos aglutinados por seus sincerones, todos transferidos para o candidato que conseguisse pular para a segunda etapa.
Ate aí estava tudo bem, mas esqueceram de avisar os russos. Ao final do primeiro turno o que se viu foi um racha na base governista, aliados de primeira hora do governador como o Senador Wewerton Rocha, ordenou que sua base pedetista ficasse a vontade para apoiar o candidado do Podemos (Eduardo Braide), o mesmo aconteceu com Neto Evangelista, terceiro colocado no primeiro turno com cerca de 16% dos votos válidos, o deputado foi categórico em declarar seu apoio a campanha de Braide, e seguiram os apoios Dr. Iglésio, Dr. Madeira, e uns poucos vereadores da esquerda tradicional maranhense. A manutenção da prefeitura de São Luís era um ponto fundamental no planejamento feito por Flavio Dino com intuito de se tornar um presidenciável nas eleições de 2022. Ainda é cedo para afirmar que a esquerda maranhense comandada por Flávio Dino começa a iniciar seu declinio, mas é inconteste que com a posse de um candidato de centro direita, o sinal amarelo das intenções advindas do Palácio dos Leões esta aceso, e bastante visível sobre a Ilha de Upaon-Açu.
Natanael Castro, o editor.
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