No dia 30 de Outubro de 1971, São Luís a capital do Estado do Maranhão, passou por um dos momentos mais delicados de toda a sua história. Nesse dia seres extraterrenos provavelmente advindos de Marte, tentaram invadir a capital através de Campo de Perises. Tal acontecimento causou imensa comoção em toda a população da cidade, lojas, bares e similares fecharam as portas, diversas pessoas foram hospitalizadas devido ao pânico generalizado, aviões da aeronáutica e todo o 24 Batalhão de Caçadores foi destacado para uma operação de guerra, visando impedir que os alienigenas invadissem a capital. Autoridades eclesiásticas e politicas foram informadas, tudo indicava que se tratava de uma invasão como nunca havia acontecido antes, mas porque os marcianos resolveram invadir o planeta tomando a capital maranhense como porta de entrada para seu projeto de dominação?
Os fatos descritos acima, de fato aconteceram, foram essas as informações repassadas pelo radialista que naquela manhã apresentava o Programa Hit Parede da Rádio Difusora. Na verdade tudo não passara de uma encenação radiofônica, onde a produção do programa realizava uma transmissão fake de uma invasão alienigena, aos moldes da narrada pelo genial diretor de cinema Orson Wells na rádio CBS na mesma data do ano de 1938. Nessa ocasião Orson realizou uma transmissão muito bem produzida diretamente dos estúdios da rádio, onde lia trechos do best seller de H.G Wells (Guerra dos Mundos), tal encenação causou pânico em todo o território americano, tornando o então jovem ator Orson Wells, conhecido no país inteiro.
Abaixo documentário produzido pela MAVAM (Museu da Memória Áudio Visual do Maranhão), com relatos dos integrantes do programa de rádio e também de pessoas que foram testemunhas de todo o acontecido. Um livro auto intitulado (Outubro de 71 memória fantástica da Guerra dos Mundos) de autoria do professor Francisco Gonçalves da Conceição, narra detalhes do programa de rádio maranhense da pré-produção até a reprodução da peça naquela manhã de 30 de outubro de 1971.
Natanael Castro, editor
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