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YOUTUBE, somente 0,4% dos canais atingem número de visualizações necessárias para a monetização


Pesquisadores das Universidades de Amsterdã e Barcelona, e Queensland University of Technology, na Austrália, rastrearam milhões de canais do YouTube usando a API do site. A pesquisa foi publicada na revista científica First Monday e será apresentada na conferência Association of Internet Researchers no final de outubro.

O que eles descobriram é o melhor insight real sobre o abismo entre o sucesso e o fracasso na plataforma.

“Pela primeira vez, fomos confrontados com esses dados quantitativos em grande escala”, disse Òscar Coromina, da Universitat Autònoma de Barcelona, Espanha – para o B.I. – “Somos capazes de ver as evidências empíricas.”

Dos 36,3 milhões de canais capturados nos dados, apenas 4,4 milhões têm mais de 1.000 assinantes, tornando-os qualificados para monetização pelo YouTube.

Apenas 0,42% dos canais – 153.770 no total – têm mais de 100.000 assinantes. E embora esses canais maiores representem menos de um em cada dez vídeos postados na plataforma, eles reivindicam 62% das visualizações.

A super elite do YouTube, aqueles com mais de um milhão de assinantes, estão em um mundo ainda mais rarefeito.

Apenas 15.496 dos 36 milhões pesquisados têm mais de um milhão de assinantes, mas respondem por mais de um terço das visualizações em todo o mundo. Em outras palavras, apenas 0,04% atingiu mais de um milhão de assinantes.

E quanto aos 99,96%? Difícilmente vão conseguir viver do canal.

Muitos YouTubers contam com uma segunda plataforma, como o Patreon, para aumentar sua receita. No geral, os dados mostram como é difícil se tornar um canal popular no YouTube e ganhar o suficiente para viver.

Ao analisar 138 milhões de vídeos postados por YouTubers de elite, os acadêmicos descobriram que sites como o Patreon, que permite que os fãs dos criadores subsidiem sua existência fornecendo-lhes uma bolsa mensal, foram mais mencionados pelos criadores nos últimos cinco anos.

Mais de meio milhão de links do Patreon estão incluídos nas descrições dos vídeos produzidos pelos principais YouTubers a cada ano.

“Todos esses YouTubers são direcionados para funcionar em várias plataformas”, disse Coromina. “O sistema de monetização do YouTube não é bom o suficiente para ganhar a vida. Mesmo esses YouTubers da super elite precisam ir para outras plataformas como Patreon e Twitch.

O relatório também mostrou que conteúdo de música e jogos são as áreas mais populares do site.

Fonte: Updateordie

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